Segundo ANI e Al-Jazeera, 34 reféns e 15 militantes islamitas morreram.
Grupo ligado à Al-Qaeda tentava pressionar França a retirar tropas do Mali.
Trinta e quatro reféns e 15 de seus sequestradores extremistas islamitas morreram nesta quinta-feira (17) durante um ataque do Exército da Argélia em um campo de exploração de gás, informou um porta-voz islamita citado pela agência de notícias Nouakchott Information (ANI).
A rede de TV Al-Jazeera também informou sobre a morte de 34 reféns, citando suas próprias fontes.
Segundo o porta-voz, que afirmou à ANI estar presente no campo de gás, os sequestradores "tentavam transportar uma parte dos reféns para um local mais seguro em veículos" quando o Exército argelino bombardeou, "matando reféns e sequestradores ao mesmo tempo".
O líder do grupo, Abu Al Baraa, estaria entre os mortos.
O Exército argelino "bombardeou" o campo de exploração de gás de In Amenas, no centro-oeste da Argélia, onde um grupo de extremistas islâmicos matinha vários reféns, entre eles dezenas de ocidentais.
A ANI citou o porta-voz dos sequestradores dizendo que eles matariam os restantes sete reféns caso o Exército se aproximasse.
Militantes que se identificaram como integrantes da rede terrorista Al-Qaeda afirmaram à AFP que o sequestro no campo de gás foi feito por grupos da rede terrorista procedentes do norte do Mali.
O país africano está dividido desde o ano passado após rebeldes ligados à Al-Qaeda terem dominado o norte do território.
A Argélia permitiu que a França utilizasse seu espaço aéreo durante a intervenção militar iniciada na semana passada contra os rebeldes islamitas no norte do Mali.
Trinta reféns argelinos e 15 estrangeiros conseguiram escapar mais cedo do campo de exploração de gás, anunciaram as autoridades.
Um casal francês estaria entre os que escaparam, segundo a imprensa. A embaixada não confirmou a informação.
Os sequestradores pedem a retirada dos militares argelinos que rodeiam o complexo para poderem iniciar uma negociação, afirmou um deles à rede Al-Jazeera.
O ataque começou na madrugada de quarta em um sítio gasífero operado pelas empresas nacional Sonatrach com as companhias British Petroleum, britânica, e Statoil, norueguesa, em Tiganturin, a 40 km de In Amenas, não muito longe da fronteira com aLíbia.
Os agressores exigiram o fim da campanha militar francesa no Mali, onde 1.400 soldados franceses começaram uma ofensiva terrestre contra os rebeldes, uma semana depois de o governo francês abrir fogo contra os militantes a partir do ar.
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